Padrinhos de Casamento
Acredite se quiser: os primeiros padrinhos de casamento de que se tem notícia eram guerreiros tribais! Normalmente amigos de confiança do noivo, esses verdadeiros guardiões eram honrados com o convite para proteger a noiva de possíveis raptores que rondavam os casamentos de então.
No entanto, a origem da tradição contemporânea está mais vinculada à Igreja Católica: a figura do padrinho de casamento surge no batismo, inicialmente como testemunha da conduta daqueles que receberiam o sacramento, que até então era concedido somente para adultos. No século V, quando o batismo começa a ser feito em crianças o padrinho torna-se aquele que contribui para a educação da fé do afilhado.
A tradição se estendeu ao casamento apenas a partir do século XVI. No livro “Entre o Reino de Deus e o dos Homens: A Secularização do Casamento no Brasil do Século XIX”, Josette Lordello afirma que após o Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563, para que um matrimônio fosse validado pela Igreja ele precisava cumprir três exigências: ser realizado em lugar sagrado, ser celebrado por um pároco e ter a presença de duas ou três testemunhas, que podiam ser até mesmo fiéis que assistissem às missas.
Com o tempo, esse posto passou a ganhar destaque e para ele começaram a ser chamadas pessoas que, assim como no batismo, teriam o dever de aconselhar e guiar o casal em relação à sua fé. Com essa nova característica, a tradição atravessou os séculos e foi incorporada ao rito matrimonial também de outras religiões e culturas.
No México há cinco tipos de padrinhos de casamento, cada qual com uma função específica: da vigília, das alianças, das moedas, do rosário e das flores. Segundo o Padre Puleo da Igreja de Saint Patrick Parish, estudioso das celebrações hispânicas, todos eles têm responsabilidades em relação ao casamento, uma vez que devem providenciar os itens aos quais sua função está ligada; ou seja, os padrinhos das alianças deverão comprá-las e levá-las no dia da cerimônia.
Hoje, os casais convidam amigos e familiares queridos e que são importantes na história deles, tanto para serem homenageados quanto para abençoarem a união.
Você já pensou em envolver seus padrinhos de casamento na sua cerimônia? Aqui na Rito, os padrinhos são convidados a participar desde o princípio, através das respostas que eles nos oferecem sobre o casal querido que apadrinharão, mas também somos muito abertas à ideia de envolvê-los de outras maneiras, sempre atentas àquilo que é mais importante em uma cerimônia de casamento: verdade e amor. É emocionante!